terça-feira, 15 de março de 2011

Reforma do Beira-Rio




Ontem fui a reunião do Conselho Deliberativo do INTER assistir a discussão sobre a reforma do Beira-Rio, tuitei bastante sobre isso (@ojogodointer ) . Apesar do discurso inflamado do meu amigo Tiago Issa antes da reunião, a turma da Convergência Colorada preparou ressalvas mas aderiu a tese da parceria.

Apesar dos meus pouco mais de 30 anos, considero que a construção do Beira-Rio é uma das maiores demonstrações de capacidade de apoiar da torcida do INTER, pois somente uma torcida apaixonada e comprometida com seu clube seria capaz de erguer no meio d´agua, um estádio e de todo o seu entorno.

Ver as fotos ai acima dão, uma certa dimensão, do que foi esta jornada que durou cerca de 9 anos para se efetivar, assim que terminamos de construí-lo (em 1969) ficamos ainda mais fortes e nem é preciso dizer o que foi a década de 70 para os COLORADOS.

Ler, como li no blog do Siegmann, ou ouvir, como ouvi do João Patrício Hermann, que não é possível reformar o Beira-Rio com recursos próprios se valendo da força da torcida e do associado, para mim é um heresia de quem, talvez por estar acostumado a frequentar apenas as cadeiras do Beira-Rio, não entenda a força que tem o torcedor do INTER.

Me decepcionei com a posição do Convergência, pois ao fim e ao cabo acabou cedendo a pressão da direção ressalvando que busca melhorar a proposta, o que para mim é incompreensível. Giovanni Luigi foi eleito com a plataforma de dar continuidade a gestão do Piffero, e profissionalizar o clube, mas o que estamos vendo é um pseudo-executivo (cujo currículo é muito questionável) denomindo CEO, dizer que o clube tem dívidas e que ele não tem capacidade para gerir os negócios do clube.

Ora, se é consabido que o AOD nao tem ingerência no futebol e ele propala aos quatro ventos que o INTER tem de tercerizar a administração de suas receitas, afinal que profissionalização é essa? Qual a real utilidade deste CEO se ele não busca melhorar a gestão do clube e sim terceiriza-las?

Concordo que o negócio principal do INTER é o futebol, mas é graças o futebol que vendemos canecas, camiseta, abridor de garrafa e canetas, além disso é graças ao futebol que temos uma área como o Beira-Rio, construido com apoio dos nossos torcedores de futebol.

Ora, entregar para um empresa explorar nosso patrimonio (seja produtos ou estádio) é muito errado na minha opinião, pois quem deve lucrar com a paixão de nossos torcedores é o próprio INTER e não uma Andrade Gutierrez da vida. Assim como no caso das camisetas devemos buscar uma maior particiapação dos valores, assim como fez o flamengo, mostrando independência junto a empresa de material esportivo

Eu faço parte do movimento MAIS INTER e, em nosso movimento ficou decido que nossos 7 conselheiros votarão contra a parceria e pelo auto-financiamento da obra, pois esse é o melhor para o INTER.

Essa é minha opinião e para quem duvida da capacidade de mobilização da torcida do INTER sugiro que olhe com calma as fotos ai acima.

Agora é foco na Libertadores, que amanhã tem jogo importante !!!

AMÉRICA #TRIVERMELHA

André Flores
@ojogodointer

Um comentário:

  1. Parabéns pelo post, precisamos debater mais a questão antes de entregar nosso estádio por 20 anos.

    Abraço

    Guto

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