sexta-feira, 29 de abril de 2011

Inter empata fora de casa com Estádio Centenário lotado.



O Internacional contou com a boa fase de Leandro Damião para garantir o empate de 1 a 1 com o Peñarol, em Montevidéu, nesta quinta-feira. O atual campeão da Libertadores fez um primeiro tempo fraco, acabou pressionado pelos donos da casa e saiu atrás, com gol de Corujo. Na etapa final, reagiu. Mas o domínio, no entanto, não foi traduzido no marcador. De toda forma, o resultado acaba sendo bom para os gaúchos.

Na próxima quarta-feira, o colorado recebe o Peñarol no estádio Beira-Rio e garante classificação até com empate em 0 a 0. Avançando, o time de Paulo Roberto Falcão encara o ganhador de U. Católica e Grêmio, que se enfrentam no Chile. Na primeira partida, os gaúchos perderam no estádio Olímpico por 2 a 1.

O primeiro tempo do Inter em Montevidéu foi pobre. Pecando na defesa, o time de Falcão foi pressionado por um adversário empolgado, tomado de vontade de construir vantagem diante de sua fanática torcida. Assim, desde o primeiro minuto, Renan foi acossado.

A melhor escapada dos gaúchos foi aos nove minutos, com Rafael Sóbis na ponta direita. O atacante mandou um chute forte, mas muito alto. De resto, só deu Peñarol. Que marcou muito D’Alessandro, imitou a formação tática do colorado e iniciou suas tentativas com a bola parada. Depois, com estocadas pelos lados. Progredindo a medida que via o rival estagnado.

Aos 19, Renan salvou duas vezes seguidas, depois de conclusões a queima roupa. Prenúncio de problemas. Confirmado aos 36 minutos. A defesa vermelha estava desorganizada, Martinuccio progrediu pela esquerda e cruzou rasteiro, da linha de fundo. Corujo, livre na marca do pênalti, concluiu.

Até mesmo Guiñazu, impecável na proteção de bola e saída de jogo se equivocou depois da abertura do placar. Com a falha do gringo, mais uma chegada adversária antes do intervalo. Mas para os jogadores do Inter, o gol foi injusto. “Foi um vacilo nosso. Mas o jogo está igual”, opinou Rafael Sóbis. “O time está bem. Não merecíamos tomar o gol”, corroborou D’Alessandro.

Os problemas foram atestados por Paulo Roberto Falcão após o intervalo. Rafael Sóbis foi sacado, dando lugar a Oscar. O Inter, então, tomou as rédeas do confronto. Mas no principio, um susto. Pacheco pegou a zaga fora do lugar e só não fez, pois Rodrigo se recuperou.

A aposta uruguaia passou a ser no contra-ataque. Assim, a posse de bola era brasileira. D’Alessandro e Oscar articulavam. Leandro Damião começou a ser mais abastecido. E aos 19, a pressão se consolidou. O centroavante foi acionado na intermediária e dali mesmo mandou um chute colocado. Sosa fez golpe de vista e foi batido. Jogo empatado, após equilíbrio das ações.

Com maior volume no jogo, Falcão resolveu repetir a estratégia do final de semana - diante do Juventude. Colocou Tinga, mas sacou Andrezinho. O experiente meia, porém, não mudou muita coisa.

domingo, 24 de abril de 2011

Inter vence o Juventude e avança as finais da Taça Farroupilha.



Foi na base da vontade, com futebol escasso e vários problemas ofensivos que o Inter bateu o Juventude, por 2 a 1, no estádio Alfredo Jaconi. Sem força no ataque, os volantes roubaram a cena e marcaram. O gol da vitória foi de Tinga, mas o destaque foi de Leandro Damião. O camisa nove deu uma lambreta e serviu o meia. Bolatti marcou o primeiro e foi expulso na etapa final. Fred anotou para o time de Caxias. A vitória na Serra coloca o colorado na final da Taça Farroupilha, contra o Grêmio, no próximo final de semana.

Inter e Grêmio se enfrentam na decisão do returno do Gauchão podendo abrir uma série de cinco clássicos seguidos. Campeão da Taça Piratini, o time de Renato Gaúcho pode ficar com o título se ganhar o Gre-Nal. Em caso de sucesso da equipe vermelha, mais dois jogos. Outros dois podem acontecer nas quartas de final da Libertadores.

Foi um primeiro tempo fraco tecnicamente. O Inter seguiu tendo problemas no ataque, como já havia acontecido diante do Santa Cruz e do Emelec. Rafael Sóbis e Leandro Damião não tiveram nenhuma chance para marcar. O Juventude exerceu forte marcação e saia nos contra-ataques. As principais ações eram no meio-campo, com fortes disputas e divididas.

A monotonia só foi quebrada aos 19 minutos. Bolatti apareceu na entrada da área e mandou uma bomba de pé direito. A bola entrou no ângulo de Jonatas. “O Bolatti fez um gol que nem eu faria”, brincou Falcão. Mas a vantagem não garantiu domínio ao time do ex-comentarista. Os donos da casa saíram para o ataque e o Inter permitiu maiores chegadas.

O auge foi aos 27. Fred cobrou falta, e com precisão, mandou no canto esquerdo de Renan. Era a confirmação de um jogo sem participação dos ataques. Os rivais pela artilharia do Gauchão – Leandro Damião e Julio Madureira – nada fizeram. Coube aos volantes mudar o cenário.

No restante da etapa inicial, Oscar continuou apagado no Inter. No Juventude, Cristiano era o centralizador das jogadas pelo meio-campo. Mas nada muito mais forte para alterar o marcador. “Não estamos conseguindo entrar na zaga deles”, resumiu Damião, na saída para o intervalo.

O segundo tempo, porém, mudou. Teve chances vivas de gol. Totalmente ao contrário do início do confronto. Com alta velocidade de ambos os lados, as oportunidades começaram com o Inter, aos 14 minutos. Depois de escanteio, Rodrigo mandou de cabeça e acertou a trave. O rebote caiu para Bolívar que tentou de novo. Rafael deu uma bicicleta e salvou em cima da linha.

O domínio ganhou forma com o chute de Oscar, que carimbou o travessão. Mas foi barrado segundos depois, quando Bolatti levou o segundo amarelo e foi expulso. Falcão sacou Rafael Sóbis e colocou Tinga, para não ficar exposto. Mas a retomada vermelha não demorou muito.

Aos 31 minutos, Leandro Damião deu uma lambreta no marcador, na linha de fundo, e mandou para dentro da pequena área. Tinga dividiu no ar com um zagueiro e mandou para o gol. Jonatas não segurou e o Inter voltou a ter a vantagem.

Antes do clássico, o Inter encara o Peñarol, em Montevidéu na quinta-feira. O jogo abre a disputa por uma vaga nas quartas de final da Libertadores, onde podem acontecer mais dois Gre-Nais.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Inter garante primeiro lugar do grupo seis

O pouco tempo de trabalho de Falcão apareceu no Beira-Rio nesta terça-feira. Sem alternativas e usando quase sempre o mesmo caminho, o Internacional teve dificuldades e jogou pouco. Mas contou com a estrela de Rafael Sóbis e Leandro Damião para vencer o Emelec e se garantir na liderança do grupo seis da Libertadores, com 13 pontos. O 2 a 0 diante de 40 mil pessoas foi consolidado com a derrota do Jaguares-MEX para o Jorge Wilstermann, na Bolívia, por 2 a 1.

A repetição do esquema 4-4-2 com inspiração inglesa não teve evolução. Pelo contrário. D’Alessandro e Andrezinho fizeram um primeiro tempo muito fraco. Assim como todo o time do Inter. Os equatorianos, que precisavam vencer e torcer por resultado paralelo, copiaram a formação e foram melhores na etapa inicial.

Logo que a bola rolou em Porto Alegre, o Inter já ficou pressionado. Em Cochabamba, Frias abriu o marcador para o Jaguares-MEX em cima do Jorge Wilstermann e assumiu a ponta do grupo. Empurrando o time vermelho para a segunda posição. A situação ia se complicando dentro das quatro linhas. Com o futebol modesto e emperrado dos comandados de Paulo Roberto Falcão. O Emelec foi para campo com o mesmo esquema dos gaúchos e dificultou mais o quadro.

Mas apesar do adversário fazer o efeito espelhado em campo, o Inter jogou pouco no primeiro tempo. A única oportunidade mais perto de um gol foi justamente no começo. Andrezinho cobrou falta e o goleiro Klimovicz não segurou. Rodrigo tentou na sobra, mas não conseguiu marcar. O meio-campo em linha, com D’Alessandro e Andrezinho abertos, pelos flancos, não funcionava.

O Emelec, por sua vez, ia chegando. Primeiro através da bola parada, lotérica e com pouca qualidade. Mas o resultado na Bolívia animou o time, que então só precisava vencer. Motivo para mais investidas. Quiroz, Iza e Menendez atormentavam a defesa colorada.

No meio das tentativas do Emelec, Leandro Damião recebeu uma única bola. O passe de Kleber, que furou a premissa do esquema de Falcão e foi para frente, explodiu no peito do centroavante. Mas a defesa adversária desarmou na hora certa, evitando a conclusão. Nos minutos seguintes, posse de bola colorada no ataque. Mas sem profundidade.

Antes do intervalo, um susto. Menendez ganhou disputa de bola com Rodrigo, invadiu a grande área. O camisa 21 deu um leve toque e encobriu Renan. Mas Oscar Ruiz marcou falta no começo do lance, aliviando os torcedores. Aos 40 minutos, mais uma chegada. Quiroz pegou rebote e bateu forte. A bola passou à esquerda de Renan.

Depois da pausa, um outro cenário. Os donos da casa voltaram em alerta, pressionando a saída de bola. Logo aos seis minutos, o fim da tensão. D’Alessandro levantou na área, Leandro Damião escorou e Rafael Sóbis completou. Klimovicz se atrapalhou e deixou a bola passar no meio das pernas.

A partir de então, partida aberta. Franca e rápida. O Inter ganhou moral e o Emelec foi para o desespero. Os gaúchos venciam divididas e mudaram radicalmente o histórico ofensivo. Andrezinho e D’Alessandro cresceram de produção e, por consequência, o ataque melhorou.

Aos 38 minutos, já senhor do confronto, o Inter ampliou o marcador. Guiñazu chutou na entrada da área. O goleiro deu rebote e Leandro Damião pegou a bola só para desviar fora do alcance e anotar o segundo.

O Inter volta a campo no domingo, às 16h, em Caxias do Sul, contra o Juventude. A partida no estádio Alfredo Jaconi vale vaga na decisão da Taça Farroupilha.

Hoje é guerra!



Amigos confrades: de time que brigava pelas primeiras posições na última rodada da Libertadores, passamos a precisar de resultado para passar para a próxima fase. Um empate no último jogo teria sido suficiente e a vitória teria classificado, antecipadamente, Inter e até mesmo o Emelec. Mas a situação mudou: precisamos no mínimo empatar só que o EMELEC (que tem 8 pontos) não pode se dar ao luxo de não vencer pois o Jaguares (com 9 pontos) está na frente na corrida pela vaga. Portanto, nosso adversário de hoje está na obrigação de vencer: jogo perigosíssimo. O Jaguares, por sua vez, pega o fraquíssimo Jorge Wilstermann num jogo que parece ter tudo pra classificar o time mexicano.

Então, não existe outra alternativa senão jogar pra ganhar, com o coração na ponta da chuteira e a vibração da massa impulsionando e correndo junto com o time. Vamo Vamo Inter! É Vencer ou Vencer!

domingo, 17 de abril de 2011

Inter vence e avança com estréia de Falcão.



Paulo Roberto Falcão gostou do que viu do seu primeiro Inter em um jogo oficial. O técnico definiu a vitória de 1 a 0 em cima do Santa Cruz como convincente, apesar dos gols perdidos. As chances não concluídas incomodaram o ex-comentarista, que exaltou o fato de seu time não ter sofrido defensivamente. Mesmo assim, o ex-jogador se diz satisfeito com a sua reestreia na casamata no estádio Beira-Rio.

“Saímos de uma vitória difícil, complicada, mas convincente”, apontou o Falcão. “É muito pouco tempo. Falta muito ainda daquilo que entendo. Mas eles deram muito mais do que eu esperava nesse começo”, completou.

O “rei de Roma” gostou de uma das suas solicitações, atendidas pelo time: a compactação. “Tivemos muitos gols perdidos, mas não corremos risco em nenhum momento. O importante é ter um time assim. Construindo gols. Evidente que tinha ansiedade, mas impedimos as jogadas do Santa Cruz. Saio satisfeito por isso. O duro é fazer um a zero e correr risco”, comentou.

“É muito pouco tempo. Falta muito ainda daquilo que entendo. Mas eles deram muito mais do que eu esperava nesse começo”, elogiou. “Gostei da compactação, gostei da maneira como eles se posicionaram e se entregaram. O time teve momentos de tensão, é uma maneira diferente de como eles vinham jogando. Se perdesse, saia fora. Gostei da seriedade que eles encararam isso. Para quatro dias, eu gostei por ter sido pouco tempo”, acrescentou.

O Inter de Falcão volta a campo na terça, contra o Emelec. Neste domingo, o grupo de atletas se reapresenta às 10h30min. Na segunda, o treinador fará o único treinamento tático visando o confronto com os equatorianos.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Churrasco da Confraria Colorada (Inter x Santa Cruz)



Amigos;

Venho aqui convidar todos os integrantes, amigos e leitores que fazem parte da Confraria Colorada a participarem do famoso "churrasco da ruazinha", que realizamos sempre nos jogos da Libertadores, mas pela proximidade do horário da partida decidimos modificar a data e realizar na estréia do nosso treinador Paulo Roberto Falcão, sábado contra o Santa Cruz (se não chover). Com a crescente expansão da comunidade da Confraria Colorada e os inúmeros pedidos de informação sobre este evento estamos agora publicando no nosso blog sempre que houver um evento destes.

Os convidados deverão levar um pedaço de carne qualquer acompanhado de um fardo de cerveja (12 latas), sal, gelo e farofa são bem aceitos também. A Confraria Colorada tem uma mesa em aluminio, equipamentos de corte e para servir e uma churrasqueira portátil, tudo adiquirido com as arrecadações dos "Confrades", ao longo da existência da Confraria Colorada.

Os eventos são realizados na Rua Dona Amélia perto do final da rua (ela é sem saída), fica paralela com a Padre Cacique ou se preferir atrás do Tele-Xis.O começo esta programado para as 14:30. Qualquer mudança sera tratada na comunidade do Confraria Colorada no Facebook.



Segue o mapa para os que estão interessados em comparecer.
Clique para ampliar a imagem

domingo, 10 de abril de 2011

Goleada no Gigante !



No primeiro jogo do Inter sem Celso Roth, os atacantes desencantaram e evitaram um cenário de terror no estádio Beira-Rio. O Universidade bem que tentou estragar a festa da torcida vermelha, animada com a confirmação de Falcão como técnico, abriu 2 a 0, mas cedeu a virada ainda no 1º tempo. Dois gols de D’Alessandro e outros dois de Rafael Sóbis. Na etapa final, Cavenaghi e Leandro Damião ampliaram a goleada: 6 a 2 que garante a liderança do grupo 1 da Taça Farroupilha e fazem o time encarar o Santa Cruz, nas quartas de final do turno.

O Inter fecha a fase de grupos do returno do Gauchão com 13 pontos, na primeira posição de sua chave e enfrenta o quarto colocado do outro lado, o Santa Cruz. Partida que marcará a estreia de Paulo Roberto Falcão como técnico da equipe. Ainda falta a confirmação da data do jogo. Sábado ou domingo. O certo é o palco: o estádio Beira-Rio.

Rafael Sóbis começou como titular, não na função de meia. Mas como atacante, algo raro com Celso Roth. Assim, o Inter conseguiu marcar – mesmo tendo fraca atuação. Além do camisa 11, D’Alessandro também foi destaque. Por marcar dois e dar passe para outro gol. A parte ruim foi a defesa, mais uma vez instável e fraca quando pressionada. Cavenaghi foi outro que deixou sua marca. A primeira desde que chegou a Porto Alegre. Leandro Damião completou o marcador, chegando a doze gols no Campeonato Gaúcho.

Frenético. O primeiro tempo no Beira-Rio foi agitado, com um Inter completamente irreconhecível nos primeiros 20 minutos e seis gols. Diversos erros e pouca vontade na frente. Neste período, o Universidade marcou duas vezes. Com Fábio Alemão, aos 12 e Cirilo aos 16. Ambos os lances recheados de falhas defensivas da equipe vermelha. Com o início das vaias, o time pareceu ter acordado. Foi para cima do jeito que dava.

E foi surtindo efeito. Aos 26, Leandro Damião – dentro da área, levantou para Rafael Sóbis. O goleiro se passou e o camisa 11 só precisou desviar para o fundo da rede. Aos 39, mais uma vez Sóbis. D’Alessandro serviu o atacante na entrada da área e na sequência um forte chute entrou no canto esquerdo de Anderson. O empate já estava garantido, a tragédia evitada.

Dois minutos depois, Oscar recuperou a bola e saiu rapidamente pela direita. Tocou para D’Alessandro virar o placar, com um forte chute rasteiro que ainda desviou no meio do caminho. O argentino já ditava o tom do confronto e ainda marcou mais um. Aos 43, depois de bela jogada de Kleber, o camisa 10 ficou na cara do alvo e só desviou.

Na etapa final, Wilson Matias deu lugar para Glaydson. Mas nenhuma alteração drástica na formação. O interino André Döring seguiu com um caminho seguro, sem invenções. E assim, o Inter seguiu na frente. Mais perto de ampliar sua vantagem do que ser acossado.

Leandro Damião teve duas chances, uma com o pé e outra com a cabeça. Mas não marcou. Aos 28 minutos, Rafael Sóbis foi sacado e ovacionado pelos colorados. Afinal de contas, sua atuação foi a melhor do ano. Resgatando a esperança de que ele possa ser decisivo.

Mas com o marcador ao seu lado, o time de Lauro e Kleber controlou o ímpeto. Do lado do Universidade, a resignação demorou para chegar. Aos 36, Cavenaghi desencantou. O gringo recebeu passe, girou e finalmente fez seu primeiro gol com a camisa do Inter. Ainda deu tempo para Leandro Damião aproveitar cruzamento de Kleber e fazer o sexto gol.

O Rei morreu, vida longa ao Rei!


Há, dentre as coisas do futebol, questões fundamentais que se assemelham a política. Um dirigente pode ser populista ou não. Nosso eterno presidente Fernando Carvalho sempre foi avesso a troca de comando de vestiário, não cedia à pressão nem de imprensa e nem de torcida. Dizia que não se deve abdicar de todo um planejamento por causa da pressão de alguns resultados negativos e que devia-se dar tempo para que o trabalho desse resultados. Se fizermos um balanço de sua administração, ela foi sem dúvida a mais vitoriosa da história do clube. Mesmo assim, no que diz respeito a técnicos, houve mais erros do que acertos. Perdia-se muito tempo insistindo com técnicos tais como Tite, Alexandre Gallo, Joel Santana, Ivo Wortmann e outros. E vale lembrar que, após a derrota pro Mazembe, Roth só ficou no cargo por insistência de Fernando Carvalho. Não dá pra acertar sempre, diria ele: mas pra que teimar tanto, presidente? Se acertasse metade, não teria pra ninguém!

Além de que toda diretoria do Inter, independente de quem seja o presidente, é apegada as coincidências: das do tipo que marcaram as conquistas continentais de 2006 e 2010. Na cabeça da diretoria, trocar de treinador no meio da competição não é nenhum absurdo e talvez possa resolver as coisas. Diante da insatisfação da torcida, Giovanni Luigi (que diferente de Carvalho, é populista) quer fazer diferente: para ganhar a massa, contrata Falcão como técnico. Engraçado que há poucos dias atrás, Muricy Ramalho estava disponível no mercado. Teria sido a oportunidade para trocar Roth por um treinador de verdade e aposto que agradaria mais. E olha que não é a primeira vez que isso acontece: nossa direção não aproveita Muricy livre enquanto nosso treinador balança.

Amigos: Celso Roth foi demitido, não por causa dos resultados ou pela insatisfação da torcida, mas por que a relação com alguns jogadores e com a diretoria estava abalada. Não há mais Fernando Carvalho para protegê-lo. Sabe-se que a rispidez com que Roth trata seus comandados é notória e por isso se diz que o trabalho dele dá resultado apenas no curto prazo: nenhum boleiro agüenta esse tipo de coisa por muito tempo. E a ‘validade’ de Roth expirou, via-se pelos resultados que era chegada a hora da troca. Mas Celso não é o único responsável pelo que vimos em campo na quarta. Cá entre nós: Bolívar é lento, Índio está gordo e Nei dói de ruim. Cavenaghi e Zé Roberto ainda não mostraram qualidade suficiente para envergar o manto sagrado e Sóbis não é nem sombra do jogador que era em 2006. Chega a dar raiva aquela troca de passes laterais sem objetividade nenhuma. Se não dá pra simplesmente trocar todo mundo, então sai Roth. O que gostaríamos de ver é um Colorado guerreiro, sufocando o adversário como fez com o São Paulo na última edição, não um time que parece ser de veteranos esperando o dia de receber o benefício do INSS.

Pois Celso Roth foi demitido: rei morto, rei posto. Para seu lugar, contratou-se Paulo Roberto Falcão, o Rei de Roma e ídolo colorado dos anos 70. Já ouvimos diversos argumentos contra e a favor da escolha. Ele tem pouca experiência como técnico de futebol e está fora do mercado há muito tempo, mas quer voltar a exercer a profissão e como comentarista é atualizado das coisas do futebol, tem boa visão tática, inteligência, fala a língua dos boleiros (há controvérsias) e tem aceitação da massa. Eu, particularmente, acho que se ele deveria re-adquirir experiência em algum outro clube de menor envergadura e com necessidades e expectativas de menor grandeza. Nesse momento, teria sido melhor tentar arrancar o Dorival do Galo ou contratar o Geninho que está sem clube.

A maioria da torcida queria Falcão. Eu sou parte de uma minoria: não desejava que se fizesse experiências em meio à Libertadores. Temos time pra disputar o título e já cansei de ver semestres inteiros desperdiçados por escolhas equivocadas como essa. Dá nos nervos lembrar que perdemos o Campeonato Brasileiro de 2009 pro Flamengo por causa da teimosia da direção em manter Tite no comando quando passava da hora dele ser demitido. E, na hora de trazer um técnico ‘de verdade’, resolveram fazer experiências com o Mário Sérgio. Mas essa direção não erra jamais! Basta lembrar que, há um ano atrás, ninguém da torcida queria Roth: e o Inter foi Campeão da Libertadores! E COM Celso Roth, então tudo é possível! Nos resta torcer para que o errado vire certo de novo. Vamos torcer para Falcão justificar a confiança da diretoria e que ele faça um trabalho melhor que o de Celso Roth, senão por que trocar?

Termino lembrando o exemplo do Zico, que ensaiou carreira como técnico e, durante algum tempo, até teve relativo sucesso. Perguntado se ele, no futuro, desejava ser técnico do Flamengo ele respondeu ‘não’. A justificativa foi que ele não queria que sua condição de ídolo fosse arranhada pelos gritos de ‘burro’ que certamente emanariam da arquibancada ao primeiro sinal de insucesso. Independente da condição, da ligação ou da identificação de quem treina uma equipe, o torcedor quer sempre resultados. Se ele falhar, boa parte da massa que apóia nas vitórias irá vaiar. Não quero ver o Falcão ser vaiado ou chamado de burro: ele é ídolo eterno de todos os Colorados e não precisa e nem merece isso.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Inter perde e adia classificação !


Com um meio-campo pouco criativo e mais um jogo sem gols de Leandro Damião, o Internacional perdeu a primeira na Libertadores. A derrota de 1 a 0 para o Jaguares, gol marcado por Salazar, em Tuxtla Gutiérrez no sul do México adia a classificação para as oitavas de final e deixa o lanterna do campeonato mexicano com chances de avançar no torneio.

As principais figuras do time de Celso Roth - Oscar, D'Alessandro e Leandro Damião, não se mostraram inspiradas. Mesmo que os gaúchos tivessem, no primeiro tempo, mais posse de bola. Ao ver os erros dos brasileiros, os donos da casa foram para cima. Salazar saiu do banco para garantir a vitória, que rende nove pontos aos mexicanos. O Inter segue com 10 e na última rodada do grupo seis encara o Emelec, no estádio Beira-Rio. Os equatorianos tem sete pontos e podem embolar a chave em caso de vitória nesta quinta-feira, fora de casa.

Nos primeiros 46 minutos, o Inter teve mais posse de bola, circundou o gol de Villaseñor, mas não chegou perto de fazer. Apesar de trocar passes, infiltrar com Kleber e Zé Roberto, os gaúchos não empilharam situações para marcar. Leandro Damião foi solitário ao arrematar contra os mexicanos. Aos 19 minutos, o centroavante ganhou no corpo, girou dentro da área e bateu rasteiro, para defesa fácil do goleiro.

Aos poucos, o Jaguares ganhava campo. Com 23 minutos, Andrade deu um susto em Lauro. O goleiro brasileiro estava adiantado e viu o chute do camisa 19 explodir no travessão. Com 31, Martínez cobrou falta da esquerda, com força, e o camisa um do Inter agarrou sem problemas.

O maior perigo, no entanto, ainda estava por vir. Sentindo que poderia tentar algo a mais, o Inter se mandou para frente. Em um erro do ataque vermelho, o Jaguares encaixou um rápido contra-golpe. Rodríguez recebeu e invadiu a área. O chute não foi muito bom e Lauro evitou o primeiro gol do jogo.

No segundo tempo, Guadalupe colocou em campo o argentino Manso e o centroavante Salazar. No Inter, a única mudança foi no comportamento. Os mexicanos pressionaram desde o primeiro minuto. Aos nove, o reflexo no marcador.

Duran aproveitou falha de Nei, foi na linha de fundo e mandou para área. Salazar girou em cima de Índio e bateu na saída de Lauro. A desvantagem fez Celso Roth mexer. Oscar, de atuação discreta, deu lugar para Rafael Sóbis. Mas a resposta imediata foi com Guiñazu. O gringo desarmou e foi na frente bater para Villaseñor espalmar.

Além de se colocar na frente do placar, o Jaguares assumiu o comando o jogo. Ansioso, o Inter potencializou seus pecados na partida. O meio-campo seguia burocrático e o ataque, mesmo acréscimo de Sóbis, seguia fraco.

Já com Andrezinho em campo, o Inter investiu na conclusão de longe. Na primeira chance, o camisa 17 quase marcou por cobertura. Depois, Villasenõr fez grande defesa em cobrança de falta. No meio disso, o time da casa acossou Índio e Bolívar, parando nas intervenções de Lauro.

Mesmo no abafa, indo para cima com muita vontade, o Inter não mudou a condição do jogo. Andrezinho ainda teve outra oportunidade. Em cobrança de falta, aos 35 minutos, que o goleiro adversário salvou.

A delegação vermelha volta para Porto Alegre na sexta-feira. No domingo, na última rodada da Taça Farroupilha, o time de Roth encara o Canoas, no estádio Beira-Rio. O Inter volta a entrar em campo na Libertadores no dia 19 de abril, contra o Emelec, em Porto Alegre.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Parabéns a você, Internacional!



O Sport Club Internacional completa 102 anos de história nesta segunda-feira, dia 4 de abril. Neste pouco mais de um século de vida, o clube colorado conquistou todos os títulos possíveis e passou a ostentar com orgulho e legitimidade a chancela de ‘Campeão de Tudo’.

O crescimento do Internacional foi contínuo desde a sua fundação, em 1909. Muitos foram os times vitoriosos em diferentes épocas. O Rolo Compressor, nos anos 40, a máquina da década de 70, que ergueu três vezes a taça de campeão brasileiro, e mais recentemente as equipes de 2006, 2007, 2008 e 2010, que conquistaram o Mundial, a Recopa, a Copa Sul-Americana e duas vezes a Libertadores da América. Os anos 2000 foram tão gloriosos que o Inter foi inclusive apontado como o melhor da década, em ranking do jornal Folha de São Paulo.

Multicampeão dentro de campo, o clube colorado também tem atuação destacada fora das quatro linhas por meio do engajamento social do programa Interagir. Afinal, uma instituição de tanta representatividade como o Inter precisa ter comprometimento com a comunidade, e o Campeão de Tudo nunca fugiu desta responsabilidade.

Enfim, a maior e melhor torcida do Rio Grande tem motivos de sobra para comemorar e se orgulhar neste dia especial. O maior presente que você, fiel colorado, poderia dar neste momento é um sócio a mais para o Clube. Sim! Já temos o maior quadro de associados da América e o sexto maior do mundo, mas é possível almejar um voo ainda maior. Para um futuro breve, o número vislumbrado no horizonte é o dos 200 mil associados.

Todos sabem da capacidade de mobilização da maior e melhor torcida do sul do Brasil. Da força da torcida colorada ninguém duvida. Dos milhares que concretizaram o sonho da construção do estádio Gigante da Beira-Rio, daqueles que acreditaram no título mundial contra o todo poderoso Barcelona e depois participaram ativamente da campanha para o Internacional alcançar a sensacional marca de 100 mil sócios no ano do Centenário. Mas os Campeões de Tudo sempre querem mais e o próximo grande desafio é a ação 'Dê um sócio de presente nos 102 anos do Inter'.

Faça a campanha na sua casa, na rua, com seus amigos e parentes. Divulgue na escola, na faculdade, no seu trabalho, na internet, pelas redes sociais, MSN, Orkut, Facebook e Twitter - tuíte e retuite. Vamos fazer um mutirão para presentear o Inter com o maior número de sócios possível no dia do seu aniversário de 102 anos. Seja sócio você também! Convença pelo menos um torcedor a se associar neste dia 4 de abril! É fácil! Basta acessar www.internacional.com.br/socios ou ligar para (51) 3230-4600.

domingo, 3 de abril de 2011

Inter cede empate ao Lajeadense e adia classificação no Gauchão

O Internacional tinha sete titulares em campo, mas não encheu os olhos do seu torcedor. Jogando fora de casa, a equipe vermelha saiu na frente do Lajeadense com Leandro Damião, mas permitiu o empate ainda na primeira etapa. Ramos fez e o placar ficou no 1 a 1. A atuação de Bolatti, D’Alessandro e Oscar foi tímida. Algumas chances de gol foram criadas, mas o resultado final foi justo.

O resultado deixa o colorado com 10 pontos, ainda na liderança do grupo 1 da Taça Farroupilha. Logo atrás, está justamente o Lajeadense, com nove. A classificação para a fase eliminatória é iminente, mas não está garantida.

Além de deixar escapar dois pontos, o jogo em Lajeado teve mais um fato ruim para Celso Roth. O meia Oscar recebeu uma pancada no quadril, sentiu e saiu de campo chorando. Causando preocupação na comissão técnica. O jovem vem sendo um dos destaques do time. O departamento médico vermelho ainda não determinou a gravidade do problema.

Na próxima rodada, o Inter encara o Universidade, em casa. Já o Lajeadense enfrenta o Novo Hamburgo, fora de casa. Antes, na quarta-feira, o time de Celso Roth encara o Jaguares, no México, em jogo válido pelo grupo seis da Libertadores.

Logo no começo do jogo, o time da casa teve uma chance incrível para abrir o placar. Rodrigo escorreu e deixou Rangel livre. O camisa nove invadiu a área e bateu, mas o chute passou ao lado do pé da trave esquerda de Lauro. Mas a oportunidade não confirmou o Lajeadense perto de marcar.

O Inter esbarrava em uma marcação, em alguns momentos, mais dura do que o normal. Depois de Zé Roberto levar uma trombada no meio-campo, D’Alessandro partiu para o bate-boca. O camisa 10 discutiu com Tiago Saletti e peitou o árbitro Fabrício Neves Corrêa. Em pouco tempo, os ânimos se acalmaram e o gringo não foi advertido pela arbitragem.

Aos 12, Leandro Damião quebrou a monotonia. O camisa nove dominou um lançamento longo, ajeito e mandou um potente chute de pé esquerdo. A bola bateu no pé da trave esquerda e entrou no outro canto do goleiro Fernando. Vantagem que mudou o cenário do confronto.

O Inter começou a criar mais, cercar a defesa do Lajeadense. Que pecava em ações básicas. Aos 36, Zé Roberto serviu Damião. O jovem centroavante invadiu a área e driblou dois marcadores e o goleiro. Na hora da batida, no entanto, não foi muito feliz. A conclusão fraca foi salva quase em cima da linha.

Faltando sete minutos para o final do primeiro tempo, os donos da casa igualaram o marcador. Ramos ficou livre e desviou depois de cobrança de falta da intermediária.

Na etapa final, Benhur Pereira mandou seu time mais para cima. A defesa vermelha titubeava em algumas jogadas e Rangel, autor de 11 gols no Gauchão, estava à espreita. Aos 12, Leandro Damião esteve perto de anotar. Depois de uma bela jogada e várias tentativas de chute, o centroavante bateu e só não fez, pois Fernando praticou grande defesa.

A reclamação com a arbitragem que começou com Celso Roth, no intervalo, tomou conta de toda a equipe do Inter durante o decorrer do segundo tempo. Aos 16, o auge. Oscar foi atingido, por trás, na altura dos glúteos. Sem conseguir se mexer normalmente, o jovem saiu de campo chorando. D’Ale e Bolatti, então, lideraram um grupo que protestava com a arbitragem.

Em meio à birra do Inter, oportunidades para os dois lados. Ramos bateu forte e levou perigo para Lauro. Daniel respondeu chutando cruzado. Depois, Rangel e Bindé tentaram em um único ataque, mas não marcaram.

Tentando alterar o quadro, Roth colocou Rafael Sóbis no lugar de Zé Roberto. Andrezinho já estava em campo, desde a saída de Oscar. Mesmo assim, o ataque vermelho seguiu pecando. O Lajeadense, após rápidas investidas, diminuiu o ímpeto, dando sinais de contentamento com o empate.