sábado, 26 de março de 2011

Inter só empata em casa com São Luiz e revela dependência de L. Damião


Nem mesmo a volta de D’Alessandro e a superioridade numérica desde o final do primeiro tempo foram suficientes para que o Internacional conseguisse vencer o São Luiz, de Ijuí, no estádio Beira-Rio neste sábado. Burocrático, o time de Celso Roth apostou demais na bola aérea e se revelou dependente de Leandro Damião. O centroavante que está com a seleção brasileira não foi substituído à altura por Cavenaghi e o placar ficou em 0 a 0 no Beira-Rio.

Durante os noventa minutos, foram inúmeras as vezes onde o Inter foi para a linha de fundo, ou procurou o flanco do meio-campo, para levantar na área. Cavenaghi acumulou oportunidades para marcar, mas não o fez por erros na conclusão. Em uma oportunidade, bateu tortou. Na outra, não chegou a tempo e em uma terceira, preferiu tocar de calcanhar.

Os números ajudam a confirmar a carência do colorado. Com Leandro Damião, o Inter marcou 15 gols em quatro jogos. Sem o camisa nove, três partidas e somente um gol marcado, diante do São José-POA.

Por mais que Cavenaghi se esforçasse, não era capaz de concluir contra o gol de Vanderlei. Oscar quebrava a rotina arriscando chutes de fora da área, mas sem sorte. O que era ruim, piorou.

O São Luiz usava a velocidade para acossar a defesa vermelha. Nicolas e Sharlei eram os esteios do ataque de Ijuí. Antes dos 20 minutos, Lauro já havia feito duas defesas importantes. No meio disso, Cavenaghi perdeu um gol feito, dentro da pequena área.

O gringo recebeu cruzamento de Oscar e só precisava desviar. O toque com o pé foi ruim e passou longe do alvo. Aos 23, o camisa sete do Inter mandou um chute de longe e o goleiro rival se esticou todo para evitar o gol. Onze minutos depois, mais uma batida de fora da área. Desta vez a bola subiu de mais.

Antes do intervalo, uma boa notícia para a equipe da casa. Daril fez falta dura em Oscar e recebeu o segundo cartão amarelo. Com um a mais, o Internacional foi apertando o São Luiz contra a defesa.

Vendo a superioridade numérica na volta da pausa, Celso Roth fez duas trocas. Colocou Rafael Sóbis na vaga de Zé Roberto, desfazendo a linha de três armadores. E deixou, finalmente, Oscar e D’Alessandro juntos. O argentino entrou no lugar de Andrezinho.

Com o jovem ex-São Paulo e o camisa 10, os problemas persistiram. As investidas do Inter eram pelos lados. Nei e Kleber erguiam para área. Oscar também se juntou ao grupo. Aos 15, após levantamento da direita, Cavenaghi mergulhou, mas não alcançou na bola.

O Inter insistia, era dono de todas as ações, mas seguia esbarrando em sua deficiência. De frente para o ferrolho do time do interior, bola para o lado. Exaustiva troca de passes laterais, como foi durante boa parte do segundo semestre de 2010. Carecendo de alguém para botar a bola para dentro.

Nos quinze minutos finais, Celso Roth abre mão de Wilson Matias e põe Alex. Com mais um atacante, pressão total. Aos 31, D’Alessandro pegou a bola no ar e bateu muito forte. O chute explodiu no travessão e não entrou. Mais tarde, Alex mandou para o meio da área e Cavenaghi desviou de calcanhar. Vanderlei salvou, já no chão.

Com o resultado, o Inter chega aos nove pontos e precisa secar o Lajeadense, que pega o Ypiranga-RS, em casa, para seguir na ponta do grupo 1 da Taça Farroupilha. O time vermelho volta a campo na quarta-feira, em Porto Alegre. Em jogo válido pelo grupo seis da Libertadores, contra o Jorge Wilstermann, da Bolívia.

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