segunda-feira, 18 de julho de 2011

Caiu Falcão. Mas e agora, Diretoria?

Após 3 derrotas, cai Falcão e com ele toda a Cúpula do Futebol. No campeonato Brasileiro, temos aproveitamento (ou seria falta dele?) de 45,5%, com 4 vitórias, 3 empates e 4 derrotas. No Brasileirão, vencemos apenas times que estão à perigo ou que pouca ou nenhuma pretensão tem nesse campeonato. Golear o Atlético Mineiro não foi, assim digamos, nenhum feito uma vez que o Galo virou saco de pancadas. É verdade que também vencemos Atlético/PR, América/MG e Figueirense: mas quase todos eles lutarão para não cair e é bem provável que muito não consigam. Além da derrota em casa para o Ceará, caímos diante de nossos adversários mais qualificados.

Normalmente, quem "paga o pato" é o treinador: dessa vez não foi diferente. Caiu Falcão: mas e agora? Quem há no mercado capaz de levar o time do Inter ao patamar que esperamos? Será que esse time tem realmente o potencial e qualidade que pensamos que tem? Eu penso que não.

Temos um dos elencos mais caros do futebol Brasileiro, entretanto são jogadores envelhecidos em vários setores (especialmente na zaga) e insuficiente em outros. Parece que isso começa a se tornar consenso: embora jogadores como Bolívar e Índio tenham sido fundamentais para as maiores conquistas Coloradas, seu ciclo parece ter chegado ao fim. Nei sempre foi um jogador limitado, mas agora jogando no sacrifício tem comprometido o time em diversas oportunidades: pior ainda pois não tem quem lhe faça sombra. Alias, depois de sua última declaração, deveria ser expulso do clube à pontapés! D’Alesandro parece ter perdido a motivação: isso ou ainda está abalado e deprimido com o rebaixamento do River. Kleber joga quando quer e lembre-se que ele veio para a “vitrine” do Beira-Rio para ficar apenas um semestre antes de se transferir para a Europa: transferência que nunca aconteceu.

Temos uma gigantesca dívida com todas essas pessoas que contribuíram incontestavelmente para a grandeza de nosso clube: inclusive para com Falcão. Mas não podemos mante-los, perpetuamente, apenas por causa de seus serviços prestados, caso contrário não deveríamos ter dispensado Fernandão e Iarley. Mas casos como o de Falcão e Dunga não poderiam acontecer em nenhuma hipótese: é um completo descaso com a estória dessas pessoas dentro de nosso clube.

Não quero com isso dizer que defendia a permanência de Falcão como treinador do Internacional, muito pelo contrário: sempre fui um dos que não queriam sua contratação. Eu nunca quis ver um ídolo como ele ser humilhado por alguns setores da torcida, ao ser chamado de burro, ou ser dispensado por uma diretoria que parece não ter respeito por nossos ídolos. Além disso, há convicção de que a culpa era apenas dele? Também penso que não.

Temos uma diretoria que é sucessão da anterior, que é sucessão da anterior, que é sucessão... Portanto, é uma sucessão de convicções que me parecem mais do que equivocadas: ultrapassadas. E esse nosso atual Presidente vem sucedendo erros: contratou Aod Cunha para depois demiti-lo por divergências de perfil. Giovanni Luigi não queria Roberto Siegmann no cargo, mas aceitou por que era indicação de Fernando Carvalho. Siegmann bancou Falcão contra a vontade de Luigi e Carvalho, que rompeu ligação com o clube.

Pelo Twiter, Siegmann atirou em todas as direções: disse que Damião já está vendido para cobrir as dívidas com as rescisões de Falcão, Roth e até de Fossati. Disse também que Cuca é o próximo treinador do Colorado... Disse tudo isso para depois desmentir afirmando que quem escreveu foi o cachorro que esbarrou no teclado.

Só podia dar nisso, diante de tantos rachas, a bomba: a queda de todo o departamento de futebol.

Sabemos que nosso time está envelhecido e superado. Todos queríamos ver Falcão, Fernandão e tantos outros jogarem eternamente pelo Inter, empilhando gols e títulos: mas sabemos que isso é impossível. Assim, o que precisamos urgentemente é de uma mudança na “fotografia”. Mas, diante de tanta bobagem que vem sendo feita, começo a pensar que a primeira foto que deve ser mudada é a dessa diretoria.

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