domingo, 11 de setembro de 2011

Qual é a Música?

Amigos Confrades: em um campeonato nivelado por baixo como esse, onde os líderes perdem jogos bobos e parecem querer entregar a liderança, o Inter conseguiu um excelente resultado jogando fora de casa contra um time que ocupava uma posição superior na tabela. Mais do que isso, o colorado parece estar tentando colocar em prática aquilo que Dorival Júnior falou durante a semana: é preciso estabelecer uma seqüência de bons resultados para que se possa pensar em sonhar com G4 e com título. E, amigos, vencer fora de casa um time treinado por Felipão é um excelente ponto de partida. O campeonato está aberto, me faz lembrar o de 2009 que caiu no colo do Flamengo: se na ocasião a Diretoria não tivesse vendido Nilmar no meio do campeonato, certamente teríamos conquistado aquele título. Desta vez, a mesma diretoria resistiu ao assédio europeu e manteve Damião no Beira Rio, então dessa vez não podemos desperdiçar a chance.

O jogo:

Marcou a estréia de Sandro Silva com a camisa vermelha. Não devemos julgar tão rápido, mas não vi por parte dele maior contribuição do que já vinha sendo dada por Elton por exemplo. Mas ele estreou, a diretoria tinha de justificar o investimento: se não foi uma apresentação exuberante, pelo menos não prejudicou nem falhou de forma mais visível.

Jogando em casa, o Palmeiras era todo ataque e as investidas eram sempre perigosas. Até os 11 minutos, o Palmeiras já tinha dado três chutes ao gol defendido por Muriel e aos 18 minutos, Marcos Assunção em cobrança de falta assustou a torcida colorada quando a bola tocou as redes, pelo lado de fora. Até os 20 minutos o Inter não conseguia criar uma jogada de ataque e só aos 22 minutos uma jogada mais efetiva criada por Andrézinho, mas que foi apara nas mãos de Marcos. Mas aos 24 brilhou a estrela de Andrézinho e de Damião: o meio-campo deu um toque magistral para Damigol, que de costas para a marcação, matou no peito, girou e desviou do goleiro palmeirense para colocar o Inter em vantagem. O gol deu animo para o Inter que quase ampliou aos 27 minutos. Mas também tornou o Verdão ainda mais perigoso e atrevido. Dali até o final do primeiro tempo deu só Palmeiras. E não poderia ser diferente: O placar era desfavorável ao time da casa, apesar da superioridade numérica: foram 10 arremates do Palmeiras contra cinco do Inter, destes quatro foram situações concretas de perigo contra apenas dois do Inter: a diferença é que conseguimos concretizar uma delas em gol.

Como era de se esperar, o Palmeiras veio pra cima no segundo tempo. O time paulista passou a ocupar o meio de campo e a fazer constantes incursões na área colorada, algumas vezes levando algum perigo, principalmente com o atacante Fernandão. Foram pelo menos quatro situações claras: algo tinha de ser feito, pois a insistência do Verdão poderia ser premiada através da concretização de um gol.

Sorte nossa que, diferente de outros tempos em que antigos treinadores abdicariam do jogo para tentar segurar o resultado, Dorival fez a leitura do jogo no tempo certo e viu que, promovendo as modificações certas, o time seguiria com volume de jogo sem passar por apuros com o velho e consagrado esquema “chama derrota”. Aos 13, Ilsinho entrou no lugar de D’Alessandro que já tinha cartão amarelo. Pouco depois, aos 22, Bolatti entrou no lugar de Sandro Silva. Essas mudanças permitiram ao colorado retomar o controle do jogo e ser mais perigoso nos contra-ataques, o que também serviu para diminuir o ímpeto do Palmeiras.

Com o passar do tempo o Palmeiras teve de se atirar ao ataque, oferecendo mais espaço para os já perigosos contra-ataques colorados. E, aos 37 minutos Nei viu a projeção de Damião entre os zagueiros e fez um toque preciso deixando o centro-avante na cara do gol. E na cara do Gol, o matador não perdoa: Inter 2 x 0.

O melhor estava guardado para o final: Ilsinho roubou a bola no meio de campo, lançou Damião que se livrou da marcação, driblou o goleiro Marcos e tocou com estilo para marcar o 3º gol dele na partida: o 13º dele no campeonato: fazia muito tempo que o Inter não via um avante se destacar tanto no Campeonato Brasileiro.

A próxima rodada nos reserva um jogo em casa contra o sempre perigoso Coritiba, que empilhou cinco gols contra o Botafogo, um dos líderes. É jogo para lotar o Gigante, incentivar e partir pra dentro deles: com o rugido de 40 mil vermelhos eles certamente vão passar do verde para o amarelo (de medo). Rumo ao topo da tabela: Vamo, vamo INTER!

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